quinta-feira, 26 de agosto de 2010

TEATRO GREGO


Muitos são os que dizem que o teatro nasceu na Grécia, mas, na verdade o teatro existe desde os primatas, quando eles faziam suas representações para as oferendas aos deuses. Logo após veio o Egito, também com representações de oferendas aos seus Deuses, mas, só na Grécia é que surgiu o "texto teatral" propriamente dito, escrito, ensaiado e representado com todas as pompas e circunstâncias de uma apresentação teatral.
Surgiu primeiramente em forma de "tragédia", que é uma obra teatral em verso, de caráter grandioso, dramático e funesto, em que intervêm personagens ilustres ou heróicas e que é capaz de infundir terror e piedade. A tragédia atingiu sua culminação com Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, e é parte de uma celebração em honra ao deus Dyonísio. O aspecto cívico-religioso da tragédia é indissociável.
A tragédia se compõe de:
PRÓLOGO: Cena preliminar, que pode faltar;
PÁRODOS: Canto do côro que entra ao ritmo da dança;
EPISÓDIO: Corresponde aos nossos Atos, separados uns dos outros pelos Estásimos;
ESTÁSIMOS: Cantos do côro nos intervalos dos Episódios;
ÊXODO: Canto coral de saída.
Os atores gregos, TODOS HOMENS, mesmo para encarnar papéis femininos, calçavam coturnos de sola extraordinariamente alta, roupas aumentadas com enchimentos e usavam grandes máscaras,
para representar heróis sobrehumanos. Os trajes que os atores vestiam não eram históricos, mas convencionais graças a uma estilizada transformação dos trajes que se usavam na vida contemporânea. O traje principal do ator era o "chiton" (quiton) espécie de túnica larga até os pés. mas diferente da comum porque tinha mangas largas. não era branca, mas de várias cores, presa por um cinturão abaixo do peito do ator. Havia também a "clâmide", manto curto, levado no ombro esquerdo e o "himation", manto largo sobre o ombro.
Ésquilo (séc. V 525-456 a.c.) nasceu em Eleusis, na Grécia. Suas obras, que exploram as lendas tebanas e antigas, os mitos tradicionais ou os acontecimentos das guerras contra os Medos, fazem dele o verdadeiro criador da Tragédia Antiga. Escreveu: "Prometeu Acorrentado", a trilogia "Orestia" que apresenta tres peças ("Agamenon", "Coéforas" e "Eumênides"); "As Suplicantes", "Os Persas"; "Os Sete Contra Tebas".
Sófocles, também poeta trágico Grego, nasceu em Colona (sec V 495-496?-406 a.c.) morreu em Atenas. Só temos conhecimento de sete peças de sua autoria. Deu grande impulso à Tragédia Grega; introduziu um terceiro ator á ação e elevou a quinze o numero de elementos no Côro (Coreutas) que passa de personagem, participando da açõa, a comentador.Os personagens se humanizam, seu julgamento ético é sempre animado pela piedade. Escreveu: "Édipo Rei", "Antigone", "Édipo em Colona", "Electra", são consideradas suas tragédias mais importantes.
Eurípedes, nascido em Salamina, séc IV, em 480, morreu em 406 a.c. Seu teatro foi muito marcado pela Guerra do Peloponeso, contra Esparta, da qual participou como combatente, perturbou seus contemporâneos. Suas inovações dramáticas: importancia da analise psicologica, renovação dos mitos, independencia dos Côros em relação á ação deviam influenciar mais tarde os dramaturgos clássicos franceses. Suas peças: "Alcete"; "Medéia"; "Hipólito"; "Andromaca"; "Hécuba"; "Electra", "As Bacantes".
Aristófanes, poeta cômico grego, nasceu em Atenas (sec. IV 445-386 a.c.). As peças de sua autoria, que chegaram até nós, constituem variações satíricas sobre temas de sua época e defendem as tradições contra as novas idéias politicas. Procurou concentrar sua atenção e criticas nos personagens, nos acontecimentos e nas vicissitudes de Atenas. Sua intervenção na vida pública, por vezes, tão agressiva e tão polêmica, constitui a razão de quase todas as suas comédias. Escreveu: "Os Cavaleiros"; "Os Acarnianos"; "A Paz"; "Lisístrata" que denunciam os democratas, que continuam e insitem na guerra contra Esparta; "As Rãs" visam Eurípedes; Sócrates é atacado em "As Nuvens"; "Assembléia de Mulheres" e "Os Pássaros" ridicularizam as utopias políticas. "Pluto" marca a passagem do teatro "engajado" á alegoria moralizadora.

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