segunda-feira, 13 de setembro de 2010

WILLIAM SHAKESPEARE

WILLIAM SHAKESPEARE, geralmente considerado o maior dramaturgo dos tempos modernos, nasceu em Stratford-on-Avon, Inglaterra, no dia 23 de abril de 1564, e morreu no mesmo dia e lugar em 1616. Apesar de sua vida estar registrada em várias fontes, sabe-se muito pouco de sua infância. Não chegou a realizar estudos sistemáticos, mas sempre se dedicou á leitura.
Profundo conhecedor do latim, do grago e do inglês, sua obra evidencia o conhecimento da Bíblia, de Homero, de Plutarco, de Sêneca dos grandes renascentistas italianos e das crônicas históricas de Hohinshed.
Aos 18 anos casou-se com Anne Hathaway, filha de abastado agricultor, com quem teve três filhos. Viajou sozinho para Londres em 1587, gastando suas economias em tavernas, estalagens e teatros. Para sobreviver, conseguiu um emprego como guardador de cavalos diante do teatro de James Burbage - o GLOBE THEATER. É provável que nessa época tenha se envolvido com alguma companhia teatral, trabalhando como ator e refundidor de textos. Daí até começar a escrever suas próprias peças foi um passo.
Em 1591, elaborou seu primeiro drama histórico: "Henrique IV". Seguiram-se "Ricardo III", "A Megera Domada", "Tito Andrônico", "A Comédia dos Erros", "Ricardo II", "Sonho de Uma Noite de Verão", "Romeu e Julieta", "Vida e Morte do Rei João", "O Mercador de Veneza", "Júlio César", "Henrique V", "Henrique VI", "Como Gostais", "Muito Barulho Por Nada", "A Noite dos Reis".
Prestígio na corte, popularidade e dinheiro não faltavam ao prolífero dramaturgo. Na época em que os teatros foram fechados por causa da peste (1593/94), Shakespeare dedicou duas obras líricas - "Vênus e Adônis" e "A Violação de Lucrécia" - a seu amigo e protetor, o conde de Southampton, que lhe dispensara considerável auxílio em dinheiro. Nessa época, a Inglaterra vivia o apogeu da moda dos sonetos - e Shakespeare também publicou seu volume de "Sonetos", cujo conteúdo até hoje deixa os críticos diante de um enigma indecifrável.
A partir de 1601, após a execução do conde de Essex, seu grande amigo e protetor, Shakespeare entrou numa fase sombria, meditando sobre a fragilidade da existência humana. Foi quando escreveu suas mais belas tragédias: "Hamlet", "Otelo", "Rei Lear", "Macbeth", "Tróilo e Créssida". Escreveu ainda dramas históricos e comédias: "As Alegres Comadres de Windsor", "Timão de Atenas", "Cimbelino", "Contos de Inverno", "Tempestade".
Em 1610, desligou-se do GLOBE THEATER, do qual era sócio-proprietário, e retornou a Stratford-on-Avon, onde escreveu sua última obra-prima: "Henrique VIII".

O MESTRE CONSTANTIN STANISLAVSKI


Constantin Stanislavski, o famoso fundador do Teatro de Arte de Moscou, não quis guardar exclusivamente para si os ensinamentos práticos que colheu ao longo de mais de quarenta anos de uma vida dedicada ao teatro, inicialmente, como ator, e, mais tarde, como diretor. Era já um homem maduro quando se dedicou a transmitir ao mundo toda a sua larga experiência artística, com a autoridade que o indiscutível nome da Companhia de Arte de Moscou lhe granjeava.
Inovador e dinamizador, Stanislavski é um dos nomes mais importantes do teatro contemporâneo, pois que seus métodos de trabalho deram nova dimensão psicológica e estética à arte cênica. Exereta não menos do que artista e artesão, o grande mestre russo não pretendeu, contudo,inventar teorias, descobrir um princípio científico ou encontrar a chave da pedra filosofal. Aplicando bom senso e conhecimento profundo das capacidades e limitações humanas, o que desejou realizar e plenamente conseguiu foi o arejamento do teatro moderno, despojando-o de convenções e artificialismos e transformando-o em poderosa arma de comunicação entre as intenções do autor e a sensibilidade do público, graças a uma preparação melhor do ator.
Em lugar de mero fantoche, de autômato que repetisse mecanicamente as falas com a inflexão que o diretor determinasse, o ator passou a ser, de acordo com o metodo de Stanislavski, um ser vivo, independente e participante, mas capaz de assumir por completo as características psicológicas do personagem que vivesso no palco.
O verdadeiro ator, que pretende ser artista autêntico e não apenas fugaz sucesso de bilheteria, procura dignidade e estilo em seu trabalho, quer penetrar fundo na VERDADE do autor, na PERSONALIDADE que esteja vivendo, nas INTENÇÕES do diretor, compenetrando-se de que é indispensável, para tudo isso, evitar o individualismo. O teatro moderno é vertical na caracterização psicológica e horizontal na coordenação dos elementos que lhe dão vida e conteúdo: AUTOR - DIRETOR - ATOR - PÚBLICO.
Seus livros são essenciais á todos aqueles que se dedicam ao teatro, como profissionais ou amadores, ou como espectadores ativos, A PREPARAÇÃO DO ATOR é também um trabalho literário de primeira categoria, é um clássico da literatura contemporânea, deve-se estudar também: A CRIAÇÃO DE UM PAPEL e A CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM.